Mariana de Oliveira Rodrigues
Centro Interdisciplinar de Estudos de Género – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (CIEG/ ISCSP-ULisboa), Lisboa, Portugal
https://orcid.org/0000-0003-4989-8205
The Absence of Legal Recognition of Trans-Parenting in Portugal
With the approval of Law no. 38/2018, of 7 August, which established the right to self-determination of gender identity and expression, it became materially possible that the genital sex no longer corresponds to the legal sex. Since the parenting regime is closely related to the sex registered in the civil registry, this article intends to explore the legal gap that resulted from the lack of harmonization and articulation between these two legal regimes. To this end, the author seeks to characterize the parenting regime in the Portuguese legal system, to understand the effects of Law no. 38/2018 on the parenting regime and to identify the international precepts and constitutional principles that are involved in this matter.
Keywords
Family Law, human rights, parenting, trans people, Portugal
Com a aprovação da Lei n.º 38/2018, de 7 de agosto, que estabeleceu o direito à autodeterminação da identidade e expressão de género, passou a ser materialmente possível que o sexo genital deixe de corresponder ao sexo legal. Estando o regime da parentalidade intimamente relacionado com o sexo inscrito no registo civil, o presente artigo pretende explorar a lacuna legal que resultou da ausência de harmonização e articulação entre estes dois regimes jurídicos. Para tal, procurei caracterizar o regime da parentalidade na ordem jurídica portuguesa, perceber os efeitos da Lei n.º 38/2018 no regime da parentalidade e identificar os preceitos internacionais e os princípios constitucionais que aqui estão em causa.
Palavras-chave
Direito da Família, direitos humanos, parentalidade, pessoas trans, Portugal
La ausencia de reconocimiento legal de la parentalidad trans en Portugal
Con la aprobación de la Ley n.º 38/2018, de 7 de agosto, que establece el derecho a la autodeterminación de la identidad y expresión de género, se hace materialmente posible que el sexo genital deje de corresponder al sexo legal. Dado que el régimen de la parentalidad está estrechamente relacionado con el sexo inscrito en el registro civil, este artículo pretende explorar la laguna legal resultante de la falta de armonización y articulación entre estos dos regímenes legales. Para esto, se ha intentado caracterizar el régimen de parentalidad en el ordenamiento jurídico portugués, comprender los efectos de la Ley n.º 38/2018 sobre el régimen de parentalidad e identificar los preceptos internacionales y los principios constitucionales que se ponen en cuestión aquí.
Palabras-clave
Derecho de Familia, derechos humanos, parentalidad, personas trans, Portugal
DOI: https://doi.org/10.22355/exaequo.2022.45.07
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