Viviane Almeida*, Renata Flaiban Zanete**, Lurdes Macedo***
* Núcleo de Estudos Transculturais (NETCult), Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM), Portugal
https://orcid.org/0000-0002-3779-4890
** Grupo de Investigação em Género, Artes e Estudos Pós-coloniais (GAPS), Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM), Portugal
https://orcid.org/0000-0002-5241-7823
*** Universidade Lusófona, Centro Universitário do Porto, Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT), Portugal
https://orcid.org/0000-0002-1577-1313
Authorship in Margot Dias Through the Reviving Lens of Post-memory
This article seeks to test the hypothesis that the body of work authored by Margot Dias (1908-2001), a self-taught ethnologist who was a pioneer in the use of ethnographic film in anthropological research in Portugal, is more extensive than has been recognised. Brought to light by the work of the anthropologist and filmmaker Catarina Alves Costa (b. 1967), the work in Margot Dias’s own name reveals itself to be independent from that of her husband, anthropologist Jorge Dias (1907-1973). The relationship established between the two women towards the end of Margot Dias’s life, as well as the methodology used in the work they developed together, suggest that Catarina A. Costa’s contribution can be understood in the light of a process of post-memory formation.
Keywords
female authorship, Margot Dias, Catarina Alves Costa, ethnographic film, postmemory
Este artigo procura ensaiar a hipótese de a autoria de Margot Dias (1908-2001), etnóloga autodidata e precursora, em Portugal, do uso do filme etnográfico na investigação antropológica, ser de maior dimensão do que tem vindo a ser reconhecida. Ao ser trazida à luz pelos trabalhos da antropóloga e cineasta Catarina Alves Costa (n. 1967), a obra em nome próprio desta etnóloga revela-se autónoma em relação à do seu marido, o antropólogo Jorge Dias (1907-1973). A relação estabelecida entre as duas mulheres, já no final da vida de Margot Dias, bem como a metodologia aplicada no trabalho que desenvolveram juntas, apontam para que o contributo de Catarina A. Costa seja entendido à luz de um processo de constituição de pós-memória.
Palavras-chave
autoria feminina, Margot Dias, Catarina Alves Costa, filme etnográfico, pós-memória
La autoría en Margot Dias a través de la lente reviviente de la postmemoria
Este artículo intenta probar la hipótesis de que la autoría de Margot Dias (1908-2001), etnóloga autodidacta y precursora, en Portugal, del uso de la película etnográfica en la investigación antropológica, sea más extensa de lo que ha sido reconocido. Al sacarla a la luz por los trabajos de la antropóloga y cineasta Catarina Alves Costa (n. 1967), la obra en nombre proprio de Margot Dias se revela autónoma en relación con la de su marido, el antropólogo Jorge Dias (1907-1973). La relación establecida entre las dos mujeres, ya al final de la vida de Margot Dias, así como la metodología aplicada en el trabajo que desarrollaron juntas, indican que la contribución de Catarina A. Costa puede ser entendida a la luz de un proceso de constitución de la postmemoria.
Palabras-clave
autoría femenina, Margot Dias, Catarina Alves Costa, película etnográfica, postmemoria
DOI: https://doi.org/10.22355/exaequo.2023.47.09
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