Antropoceno patriarcal, petro-masculinidades e masculinidades industriais: diálogos feministas sobre a crise climática
Mariana Riquito
Investigadora Júnior no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal
https://orcid.org/0000-0002-6764-1940
Feminist Dialogues on the Climate Crisis: Patriarchal Anthropocene, Petro-masculinities and Industrial Masculinities
This article critically analyzes how far-right political male elites persistently deny climate change, a political-discursive strategy of maintaining the status quo, which has historically benefited them. Making use of concepts such as «petro-masculinity» and «industrial masculinities», and introducing the concept of «patriarchal Anthropocene», this paper argues that climate denial is inextricably linked to these leaders’ masculine identities. Thus, these discourses contribute to the (re)production of authoritarian and ecologically irresponsible masculinities.
Keywords
climate crisis, Anthropocene, masculinities, far right
Este artigo analisa criticamente a forma como as elites políticas masculinas da ultradireita persistem em negar as alterações climáticas, uma estratégia político-discursiva de preservação do status quo, do qual sempre beneficiaram. Servindo-se dos conceitos de «petro-masculinidade», de «masculinidades industriais» e introduzindo o conceito de «Antropoceno patriarcal», este trabalho argumenta que o negacionismo climático destes líderes políticos está inextricavelmente ligado às suas identidades masculinas. Neste sentido, estes discursos contribuem para (re)produzir masculinidades autoritárias e ecologicamente irresponsáveis.
Palavras-chave
crise climática, Antropoceno, masculinidades, ultradireita
Dialogues féministes sur la crise climatique: Anthropocène patriarchal, petromasculinités et masculinités industrielles
Cet article analyse de manière critique comment les élites politiques masculines d’extrême-droite nient de façon persistante le changement climatique, une stratégie politicodiscursive de préservation du statu quo dont elles ont toujours bénéficié. En utilisant les concepts de «pétro-masculinité», de «masculinités industrielles» et en introduisant le concept d’ «Anthropocène Patriarcal», cet article considère que le négationnisme climatique de ces dirigeants est inextricablement lié à leurs identités masculines. En ce sens, leurs discours contribuent à la (ré)production de masculinités autoritaires et écologiquement irresponsables.
Mots-clés
crise climatique, Anthropocène, masculinités, extrême-droite
DOI: https://doi.org/10.22355/exaequo.2021.43.02
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