Gender equality under siege: perceptions and satisfaction of telecommuting women workers with the distribution of unpaid work during the COVID-19 lockdown
Maria Helena Santos*, Miriam Rosa**, Rita B. Correia***, Eduardo Xavier****
* Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal
https://orcid.org/0000-0001-7708-4634
** Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal
https://orcid.org/0000-0001-6806-0569
*** Instituto de Ciências Sociais – Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
https://orcid.org/0000-0002-2127-0355
**** Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIS-IUL, Lisboa, Portugal
https://orcid.org/0000-0002-3472-5988
This study analyses the impact of the Covid-19 pandemic on the division of domestic work as regards women in opposite-gender relationships, telecommuting and living as a couple, during the first lockdown in Portugal. Quantitative and qualitative data was collected (N = 171) to understand women’s perceptions of time spent on unpaid work, satisfaction, and main difficulties in this period. Results revealed women’s dissatisfaction, especially mothers of underage children, who perceived an increase in caregiving tasks. Women’s satisfaction also impacted their perception of the causes for these gender asymmetries. The less satisfied women ascribe gender inequalities mainly to socio-normative factors and gender stereotypes, while the more satisfied women ascribe them to aspects of socialisation and upbringing, as well as innate dispositions that differ between men and women. The trend towards more equality found prior to Covid-19 was not found.
Keywords
gender inequality, unpaid work, Covid-19, division of housework and caregiving tasks
Igualdade de género sob cerco: perceções e satisfação de mulheres em teletrabalho com a distribuição do trabalho não pago durante o confinamento da Covid-19
Este estudo analisa o impacto da pandemia de Covid-19 na divisão do trabalho doméstico de mulheres em relações com o sexo oposto, em teletrabalho e a viver em casal, durante o primeiro confinamento em Portugal. Recolheram-se dados quantitativos e qualitativos (N = 171) para compreender as perceções das mulheres sobre o tempo gasto em trabalho não remunerado, a satisfação e as principais dificuldades. Os resultados revelaram a insatisfação das mulheres, especialmente mães de crianças menores, que viram aumentar as tarefas de prestação de cuidados. A satisfação das mulheres também mostrou diferenças na perceção das causas destas assimetrias de género. As mulheres menos satisfeitas atribuem as desigualdades de género principalmente a fatores socionormativos e estereótipos de género, enquanto as mulheres mais satisfeitas as atribuem a aspetos de socialização e educação, bem como a disposições inatas que diferem entre homens e mulheres. A tendência de maior igualdade encontrada antes da Covid-19 não foi observada.
Palavras-chave
desigualdade de género, trabalho não remunerado, Covid-19, divisão das tarefas domésticas e de cuidados
Igualdad de género bajo asedio: percepciones y satisfacción de mujeres en teletrabajo con la distribución del trabajo no remunerado durante el cierre de Covid-19
Este estudio analiza el impacto de la pandemia del Covid-19 en la división del trabajo doméstico de mujeres en relaciones de sexo opuesto, teletrabajando y viviendo en pareja, durante el primer encierro en Portugal. Se recogieron datos cuantitativos y cualitativos (N = 171) para conocer la percepción de las mujeres sobre el tiempo dedicado al trabajo no remunerado, su satisfacción y las principales dificultades. Los resultados revelaron la insatisfacción de las mujeres, especialmente las madres de hijos menores, que vieron aumentar las tareas de cuidado. La satisfacción de las mujeres también influyó en su percepción de las causas de estas asimetrías de género. Las mujeres menos satisfechas atribuyen las desigualdades de género principalmente a factores socio-normativos y a estereotipos de género, mientras que las mujeres más satisfechas las atribuyen a aspectos de socialización y educación, así como a disposiciones innatas que difieren entre hombres y mujeres. No se observó la tendencia a una mayor igualdad encontrada antes de Covid-19.
Palabras-clave
desigualdad de género, trabajo no remunerado, Covid-19, reparto de las tareas domésticas y de cuidado
DOI: https://doi.org/10.22355/exaequo.2022.46.03
Direitos de autor: Creative Commons – CC BY NC