Tatiana Lopes*, Samuel Moreira**, Inês Sousa Guedes***
* Faculdade de Direito, Universidade do Porto, Portugal
https://orcid.org/0009-0003-4233-4500
** Faculdade de Direito, Universidade do Porto, Portugal
https://orcid.org/0000-0002-6873-492X
*** Faculdade de Direito, Universidade do Porto, Portugal
https://orcid.org/0000-0002-4804-9394
Fear of Sexual Harassment in Transit Environments
Over the past decade, sexual harassment (SH) in public spaces has garnered considerable attention due to its widespread prevalence. Nevertheless, its extent, where and how it occurs, still lack empirical evidence, especially in transit environments. In these environments, SH is erroneously perceived as part of women's daily lives, having repercussions on their mobility. This article seeks to elucidate how SH behaviors in this context reflect discriminatory attitudes and behaviors that perpetuate gender inequality, ultimately hindering the recognition, prevention, and appropriate response to this phenomenon.
Keywords
fear, sexual harassment, public transportation, gender, mobility
Na última década, o assédio sexual (AS) em espaços públicos tem recebido uma considerável atenção em razão da sua prevalência generalizada. Não obstante, a dimensão deste fenómeno, os locais onde ocorre e as formas como se processa ainda carecem de evidência empírica, especialmente em contexto de transporte público. Neste contexto, o AS é, erroneamente, entendido como parte do quotidiano das mulheres, apresentando repercussões na sua mobilidade. Este artigo procura elucidar o modo como as condutas de AS neste contexto refletem atitudes e comportamentos discriminatórios que perpetuam a desigualdade de género, e que, em última análise, impossibilitam o reconhecimento, a prevenção e uma resposta adequada a este fenómeno.
Palavras-chave
medo, assédio sexual, transporte público, género, mobilidade
Peur du harcèlement sexuel dans le contexte du transport public
Au cours de la dernière décennie, le harcèlement sexuel (HS) dans les espaces publics a reçu une attention considérable en raison de sa prévalence généralisée. Néanmoins, ses dimensions, où et comment il se manifeste, manquent encore de preuves empiriques, notamment dans le contexte du transport public. Dans ce contexte, le HS est erronément perçu comme faisant partie du quotidien des femmes, ce qui a des répercussions sur leur mobilité. Cet article cherche à expliquer comment les comportements de HS dans ce contexte reflètent des attitudes et des comportements discriminatoires qui perpétuent l'inégalité entre les sexes, et qui, en fin de compte, empêchent la reconnaissance, la prévention et une réponse appropriée à ce phénomène.
Mots-clés
peur, harcèlement sexuel, transports publics, genre, mobilité
DOI: https://doi.org/10.22355/exaequo.2025.51.03

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