Rita Pinto* e Alexandra Oliveira**
* Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), Portugal
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7915-1503
** Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), Portugal
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8453-1719
Female Incarceration: Implications of the intimate visits on prison adaptation
This study aims to understand female prisoners’ adaptation to the imprisonment and to analyze their attitudes and perceptions about the influence of intimate visits in this process. To this end, we conducted interviews with forty female inmates (twenty registered and twenty not registered in the Intimate Visit Scheme). Through content analysis of the interviews conducted, we conclude that most of the women went through a psychologically troubled period, and their biggest prison pain was the removal from family and children. As a result, these women perceive intimate visits as a meaningful and beneficial program as it reduces prison pains.
Keywords
female incarceration, intimate visits, prison adaptation, attitudes, perceptions
O objetivo deste estudo é compreender a adaptação à prisão de reclusas e analisar as suas atitudes e perceções sobre a influência das visitas íntimas neste processo. Para tal, realizámos entrevistas a quarenta reclusas detidas num estabelecimento prisional feminino (vinte inscritas e vinte não inscritas no Regime de Visitas Íntimas). Com recurso à análise de conteúdo categorial das entrevistas, concluímos que a maioria das mulheres passou por um período psicologicamente conturbado, sendo a maior causa de dores de prisão o afastamento da família e dos filhos. Como consequência, estas mulheres percecionam as visitas íntimas como um programa significativo e benéfico na medida em que atenua as dores de prisão.
Palavras-chave
reclusão feminina, visitas íntimas, adaptação à prisão, atitudes, perceções
Réclusion féminine: les implications de la visite intime à l’adaptation en prison
Nous avons mené des entretiens avec quarante détenues (vingt détenues inscrites et vingt non enregistrées dans le cadre du programme de visites intimes). Par l’analyse du contenu des entretiens menés, nous concluons que la plupart des femmes ont vécu une période psychologiquement troublée et que leur plus grande souffrance en prison est l’éloignement de la famille et des enfants. En conséquence, ces femmes perçoivent les visites intimes comme un programme bénéfique car il atténue les souffrances de l’emprisonnement.
Mots-clés
incarcération de femmes, visites intimes, adaptation aux prisons, attitudes, perceptions
DOI: https://doi.org/10.22355/exaequo.2020.41.10
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